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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Filosofias Abaurônicas V: "Mas é pá vê ou pá comê?"

Com essa frase típica de tio chato que acha estar causando eu inicio mais uma Filosofia Abaurônica. Ainda não pegou? Vou explicar com uma pequena narração:

É um belo dia ensolarado a bordo do transatlântico considerado inafundável, Titanic. O gorducho Mr. Joseph McQueen, apesar de 4 dias passados do embarque no navio, ainda sentia como se sua comida navegasse dentro de seu próprio estômago a cada passo que desse. Resolveu sentar-se para acompanhar sua mulher e filhas durante o almoço, mesmo estando extremamente enjoado. Naquele dia 14 de abril de 1912, o pai da família McQueen sentia-se pior que o usual: era a maior prova de que não havia nascido para ser um marinheiro como seu falecido pai desejou toda a vida. Mesmo com todos os problemas, Joseph mantinha seu bom humor intacto, fato que havia lhe dado a fama de bonachão entre familiares e amigos.
As damas terminam o almoço e o garçom traz uma enorme bandeja com a sobremesa especial do dia:
- O Senhor aceita um Pavê? - diz o garçom para o gordo McQueen.
E com a mesma velocidade do bater de asas de um beija-flor, milhares de conexões nervosas ocorreram em uma fração de segundo no cérebro daquele pai enjoado. Ele havia formulado uma piadinha de calão insuperável. E tão rápido quanto os cavalos que criava, Mr. McQueen responde:
- Mas é "pá vê" ou "pá comê"? - com um sorrizinho satisfeito.
Toda a mesa perde um pouco da elegância naquele momento. As moças dão discretos risos enquanto a mãe apóia a mão no ombro do marido e sorri para o marido e depois para o garçom. Este, por sua vez, apenas projeta uma expressão simpática, mesmo querendo rolar no chão de tanto rir, havia achado a piada sensacional.
Horas mais tarde o Titanic colide com um iceberg e afunda no Oceano Atlântico, matando toda a família McQueen e aparentemente a "Piadinha do Pavê".
Ou não.
Por uma ironia do destino o garçom que conhecemos anteriormente fora confundido com um importante empreendedor da época e colocado num bote salva-vidas. O que aqueles pobres miseráveis que o salvaram não sabiam, é que o Garçom era um psicopata colecionador de piadas ruins E GRAÇAS A ELE NÓS TEMOS ESSA MALDITA PIADA E MILHARES DE OUTRAS.

Na boa, piadinha sem graça NÃO DÁ! Porque cargas d'água as pessoas insistem nesses trocadilhos? Eu sinceramente acho que deveria existir uma lei contra isso. Eu sinto que conforme
ouço ou leio essas piadinhas, vou ficando mais burro do que o usual. Agora eu imagino os danos que sofre a pessoa que conta uma coisas dessas. Irreparável. Tão irreparável que alguns infelizmente se tornam uma personificação do "Sem Graça", algo tão terrível quanto simpatia em excesso.

Mas pra mim, o pior mesmo não são as pessoas que usufruem dessas piadinhas diabólicas, e sim as pessoas que tentam fazer uma piadinha normal e acabam desabando numa frase sem sentido algum, o que resulta naquela situação chata em que todos ficam em silêncio olhando uns pras caras dos outros ou até mesmo... fingindo uma risada.

Fingir uma risada está na minha lista de "Coisas-Que-Eu-Só-Faria-Se-Minha-Vida-Dependesse-Disso". É impossível fingir algo de tamanha espontaneidade. E geralmente, quando é preciso atuar uma, é falha na certa: todos vão perceber a falsidade exalando dos seus poros (nossa... estou poético hoje...).

Um dos grandes problemas com as pessoas sem-graça é que a maioria delas se enquadram no perfil "Super-Simpáticos". Talvez não sejam tão simpáticas, a questão é que elas querem ter suas "piadas" ouvidas por todos. E como se não bastasse, os Sem-Graça brotam de todos os lugares, pois quando você estiver procurando por alguém numa festa pra não ficar sozinho, sempre aparecerá um chato pra andar com você. A situação também pode se agravar se o componente "álcool" for adicionado à mistura: se por um lado muitos bêbados ficam mais legais do sóbreos, a maioria esmagadora segue a tendência de ser tornar um chato-sem-graça.

É aí que você, leitor, me pergunta: Mas então o que deve ser feito frente um Sem-Graça?

Muito simples: utilize dos movimentos de escape. Pra quem não sabe, o movimento de escape é caracterizado por uma ação aleatória do corpo, com função de evitar que o Sem-Graça perceba a falha de sua própria piada. Abaixe a cabeça, enrugue a testa, cubra os olhos ou a boca com as mãos, vire a cabeça para trás, be creative. Ah, e isso é caso você esteja numa situação pública. Se estiver sozinho com a pessoa, apenas acene com a cabeça e faça o comentário bovino (Hmmmmm). Geralmente é o suficiente para a pessoa perceber sua chatisse.

O mais importante de tudo isso, é perceber se o chato sem-graça não é você. Pesquisas recentes descobriram que 1 em cada 10 pessoas são "sem-graça", então analise 9 amiguinhos, se todos forem legais e engraçados... problema.


P.S.: A história da família McQueen é verídica e o garçom também existiu. É dito que sua família possui roteristas que trabalhavam na "A Praça é Nossa" e com o término do programa e depois de muita luta, conseguiram ser contratados para trabalhar no "Zorra Total".

P.S.: Acho que sexta será o dia do Filosofias Abaurônicas. Deus queira que eu continue vivendo essas situações tendo ideias pra escrever sobre situações fictícias.


quarta-feira, 28 de julho de 2010

Filme: Quase Famosos

Seguindo o esquema de organização do blog, decidi que quarta será o dia de cinema. Então mais uma vez venho falar de um filme altamente recomendado por mim. O dessa semana é o Quase Famosos, um filme sobre um garoto que começa viajar com uma banda a fim de escrever uma matéria para a Rolling Stones. O filme é semi-autobiográfico (não sabia da existência dessa palavra), pois o diretor, Cameron Crowe, quando era adolescente acompanhou parte da turnê do Led Zeppelin com o mesmo objetivo (#InvejaMortal). Outra coisa legal é que a personagem Penny Lane realmente existiu e foi uma das paixões do diretor durante sua juventude.

Ficha Técnica:

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Título Original: Almost Famous
Lançamento: 2000 (EUA)
Direção: Cameron Crowe
Atores: Billy Crudup, Frances McDormand, Kate Hudson, Jason Lee, Patrick Fugit.
Duração: 122 min
Gênero: Drama

Sinópse: Um fã ávido por rock'n'roll consegue um trabalho na revista Rolling Stones, para acompanhar a banda Stillwater em sua primeira excursão pelos Estados Unidos. Porém, quanto mais ele vai se envolvendo com a banda, mais vai perdendo a objetividade de seu trabalho e logo estará fazendo parte do cenário rock dos anos 70.

Com a combinação de uma banda estilo Led Zeppelin, anos 70 e Kate Hudson, não tinha como o filme não dar certo, mas o legal desse filme é que a história é mais focada nas gruppies e no garoto que acompanha a banda e conforme o filme se desenvolve, reparamos na transformação das personagens em "rockstars wannabe". Tudo no filme gira ao redor de ser cool, ou simplesmente ser legal. Esse é o maior problema da personagem principal: aceitação. E junto ao Stillwater ela finalmente encontra um lugar a que parece pertencer, daí pra frente só assistindo o filme.

É nesse filme que temos a cena memorável e altamente emocionante de todos juntos no ônibus da turnê cantando "Tiny Dancer" (Elton John) criando um clima sensível e de arrepiar. Outro ponto muito legal é ver a mãe super protetora da personagem principal tendo crises ao perceber que seu filho não está voltando pra casa como havia prometido, surgindo aquele sentimento de abandono e quase traição.

"Quase Famosos" é um filme que eu recomendo demais. Ele tem uma mensagem muito legal sobre a transformação das pessoas com o passar do tempo e como devemos ter a coragem de admitir erros e falhas. Vale a pena assistir.


P.S.: Créditos da Ficha Técnica e algumas informações sobre o filme: Adoro Cinema e Quase Famosos (Wikipédia)

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Mudanças + Banda Manacá

PRIMEIRA COISA (sim, sem "oi" e nem outras formalidades):

Seguindo o conselho de uma amiga minha, vou começar a organizar os temas dessa bagaça por dias da semana. Ainda não decidi que dia vai ser cada coisa e também posso postar coisas randômicas durante como eu bem entender (é, tem que ser assim pra galera saber quem que manda nessa bosta aqui...).

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(Sábado + Noite + Eu + Computador com Internet)x(tempo de sobra) = Postagem Nova.

Com essa equação representando o meu dia hoje, eu inicio mais um post do Ideias Abaurônicas, que por um acaso está com o banner novo [e vocês com isso? Sei lá, queria compartilhar com alguém...]. Felizmente esse não é o assunto principal do post de hoje. Hoje vou falar de uma banda nacional que não está tão dentro do mainstream e como consequência disso é muito boa(#prontofalei).

É a banda "Manacá". Se você assistiu a incrível mini-série da Rede Globo, Capitu (eu acho que tenho tudo no pc, talvez eu disponibilize pra download), vai conhecer a vocal dessa banda, Leticia Persiles, a garota do olhos de ressaca.

Além de Leticia nos vocais e fazendo alguma percussão com instrumentos inesperados (castanholas), a banda é composta por Luiz César Pintoni (guitarra e bandolim), Bruno Baiano (bateria e percussão) e Daniel Wally (baixo, pandeiro e percussão).

Só pela lista de instrumentos utilizados podemos perceber que Manacá é uma banda do tipo que arrisca em elementos diferentes da maior parte das coisas que ouvimos hoje e pra mim, essa é a maior virtude da banda depois da beleza inexplicável de Letícia.

Essa diferença se acentua mais ainda a cada faixa que ouvimos. Cada música tem tamanha singularidade que até parecem fazer parte de CDs diferentes. Isso tudo combinado com letras poéticas, ótimos arranjos, guitarra com forte distorção, uma pitada de teatralidade e um timbre

de voz muito distinto têm como resultado uma banda complicada. Adoro Manacá desde a primeira música que ouvi, mas enxergo esse grupo como algo difícil de ser digerido pela maioria das pessoas; é a típica banda que muitos irão admirar pela originalidade e coragem, mas poucos gostarão de verdade. É muito difícil dizer em que estilo eles se enquadram, tanto porque existem músicas que possuem guitarras do rock e uma sanfona de baião AO MESMO TEMPO, e exatamente por esse motivo acho importante pararmos pra ouvir com mente aberta essa incrível banda.

Para mais informações sobre a banda:

Myspace: http://www.myspace.com/manacabr (aqui vocês podem ouvir quase todas as faixas do CD)
Compre o CD: http://preco2.buscape.com.br/cds--manaca.html (é, gente, vamos ajudar, né?)


P.S.: Sim, eu comecei a escrever no sábado mas fui terminar só hoje por motivos dos quais eu não me orgulho que eu não preciso listar aqui

P.S.2: Acho que o próximo post será sobre cinema... não criemos expectativas, pois podemos quebrar a cara. Enfim, não sei porque escrevi isso se eu não queria criar a falsa-expectativa de um post sobre cinema... agora já foi e eu não estou querendo deletar essas últimas linhas. Paciência.

P.S.3: Quase postei sem título...
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